É publicar mais um paper.
É começar um trabalho novo.
É cantar o hino com novos amigos e combinar ver o jogo de futebol "todos juntos" na quarta-feira, às 9 da matina.
É festejar os 6 meses de ocupação do Novo Mundo (9/1/2008-9/6/2008)...
É não andar a dormir!
Monday, June 9, 2008
Tuesday, June 3, 2008
O que nós vemos
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
=======================
Poema: O que nós vemos, Alberto Caeiro
Pinturas a giz no solo e paisagem: I Madonnari Festival, Missão, Santa Barbara, 26/5/2008
Escultura de Bronze: Delusions of Grandeur, René Magritte, Getty Museum, LA.
Subscribe to:
Posts (Atom)