Bem-vindo!

Caro Miguel,

Escrevemos-te de um país distante, sem atraso. Como acabaste de chegar, ainda não nos conheces, mas não faltará muito para veres mais duas caras a espreitar-te e a fazer figura de parvos a tentar comunicar numa língua que ainda não sabes. O tempo, para ti, vai passar rápido, como para a maioria daqueles que passa os dias a dormir e a comer.
Vamos ver-te primeiro por fotos, tiradas pelos pais e por outras fruto do talento natural fotográfico do teu mano. Podem sair algumas fotos dos pés dele, mas o rapaz esforça-se. Os avós e tios farão de tudo para te apanhar nas situações mais diversas. O melhor é agires naturalmente e habituares-te à fama. Qualquer coisa que fizeres estará de bom tamanho.
De enorme tamanho, enviamos os parabéns aos teus pais que souberam improvisar a tua chegada (revelaste personalidade amigo!) e, em particular, à tua mãe. Paulo, vais ter de compreender a minha visão feminista.
Resta-nos desejar-te os parabéns na língua desta terra, por ser o melhor momento para dizer a frase, dada a tradução literal:

Quando Pi não é 3,14

Hoje lemos com a devida atenção o contrato de arrendamento. 12 páginas de deleite literário do mais prepotente detentor de pedigree da raça advodaguês. Alguns dirão que são instantes de puro insight, outros de delírio histérico. Fica ao vosso critério.

Citamos o Art. 17º: Seguro. O senhorio não assegurará o inquilino por qualquer dano pessoal ou dos seus bens causado por um acto ou omissão do senhorio, de outro inquilino ou terceiro, ou por qualquer acto criminoso ou actividade, guerra, motim, insurreição, incêndio ou acção de Deus.

Valha-nos a simplicidade de uma circunfrência! O Pi lê-se pai e também se escreve p-i-e por estas bandas. Tiramos fotografias ao nosso, que é de blueberry, para compensar a amargura das tecnocracias.

Fazer as malas

Nestes últimos meses, várias foram as listas de coisas a fazer que continham essa frase. A casa nova já foi medida, a disposição da mobília foi projectada, só falta ser ocupada. 23 Magnolia Avenue, Apt 17, 93117 Goleta, CA.. Aqui fica para os fãs dos CTT, para quem nos quiser visitar sem avisar, ou para os que quiserem ajudar a decorar as nossas paredes com postais! Ficam as sugestões.

A opção recaiu antes na comodidade que na reclusão de Ellwood. Elegemos a dignidade de um primeiro andar à efervescência juvenil de Isla Vista. Fica a 500 metros da chamada Old Town Goleta, provida de multiplos serviços, como Banco, Mini Mercado Mediterrâneo, Bike Shop e restaurantes de diversas origens. Situado numa zona residencial de classe média, corremos o risco de ter o carro mais porreiro do bairro! Claro que conseguiríamos atingir esse status em qualquer zona da cidade com o Renault Clio, mas aqui os come-ons consideram-nos como armas de destruição maciça do imperante estilo banheira.
A ligação à Internet está a caminho (7 dias úteis), a conta da electricidade foi transferido para nosso nome, temos amigos para nos ajudar com as mudanças (carro). Só ficam de fora pequenos detalhes como a cama e…, sim, acertaram, fazer as malas!

Bem tratados

Comunicado geral aos pais eventualmente preocupados com a saúde e bem-estar das crias. Ilustramos, com orgulho, um dos vários repastos servidos em 723 Kroeber Walk, sob a direcção dos cozinheiros-chefe que assinam o blog. Os ditos cujos, neste dia, deliciaram-se com uma posta de salmão temperada com limão e pimenta preta moída, acompanhada por batata e batata-doce cozida, regado com o ilustre azeite importado. Os olhos também comem, e a salada multicolorida dá aquele toque de saudável, que apenas pode ser suplantada pelo copo de água em primeiro plano.

Em segundo plano na fotografia, encontra-se o nosso papa-formigas.
Mães de Portugal! Sosseguem esses corações, pois os filhos emigrados continuam bem nutridos.

Palavra e imagem

Continua a chover. Com a chuva, damos conta da nossa localização no mundo: na intersecção de três carreiros de formigas, ansiosas por encontrar um local seco para buscar alimento para as suas rainhas. Aqui ficam algumas fotos desse entroncamento.

Deram-nos descanso depois de recorrer a métodos pouco ortodoxos como o aspirador, limpa-vidros, canela e Zeca Afonso, mudem de rumo, mudem de rumo!
Hoje fomos à praia que fica a 5 minutos a pé do sítio que rejeitamos para viver, Ellwood. O tempo não estava para banhos ou fotos. Ficam bem umas fotos de exteriores, para não pensarem que vos estamos a enganar e, que durante este tempo todo, estivemos no Seixal.

Estamos viciados nas talks http://www.ted.com/ . Trata-se de um site que disponibiliza vídeos da conferência anual que junta representantes dos domínios da Tecnologia, Entretenimento e Design, tidos como os seres pensantes e fazedores mais fascinantes do mundo. Tem lugar em Monterey, Califórnia. Para já, não aparecemos em nenhum vídeo, mas se nos derem mais uns tempos, pode ser que se arranje qualquer coisita… Entretanto, isto de associar ideias a imagem, para prender público... pode funcionar!

Call Bill

O Tarantino que me perdoe o paralelismo. Vamos telefonar ao Bill amanhã para lhe confirmar que queremos o apartamento a partir do dia 1 Fev. Foi a penúltima de uma busca que nos levou a muitos lares em potencial, onde daria para ser feliz, mas onde dificilmente daria o sol! De facto, ver o edifício, ver a numeração nas portas e verificar que se tratava de um primeiro andar, com duas janelas viradas a sul, convenceu-nos. Mais não dizemos, para ter mais assunto para futuros posts e agarrar o público!
Dias como o de hoje, em que não parava de chover torrencialmente, causam este apertar do cinto de tópicos! O campo de golfe que nos avizinha deverá requerer barbatanas e touca aos seus sócios, tal é o lago que aí se formou. Os esquilos, que se vêem às dezenas nos relvados e nos descampados, devem agora estar a flutuar nas suas tocas. As laranjas e tangerinas, que se mantiveram orgulhosamente penduradas durante a monção nos canteiros públicos da nossa rua, estavam já lavadas quando as trouxe para casa!
Quem beneficia directamente desta reclusão? A ciência e a arrumação da casa! A primeira talk está marcada, para a primeira vaga que havia: Março!

O far-west revisitado

Hoje conhecemos a Sara, uma menina de 6 meses que vive na Caravela com os pais, Jorge e Sandra. A Sara não sabe, mas os pais dela prepararam um almoço fantástico e ofereceram a sua simpatia a dois forasteiros. Estes forasteiros vêm duma terra a que ela já foi, mas que desconhece o nome. Deve ser a terra dos sorrisos, pois lá toda a gente sorria para ela e hoje os forasteiros também.
Aqui, é a terra onde se ouve falar de petróleo a brotar do chão, a ser acidentalmente pisada quando se caminha no areal da praia (sai da pele com muita paciência e um esfregão da loiça), ou a servir para efectuar desenhos no chão com a ajuda de um pau. Também é a terra das borboletas Monarch (Ellwood Butterfly Grove) e até de Caminos del Cielo (com um sugestivo Arroyo Burro Trail).

Os forasteiros começam a sentir a tranquilidade da segunda semana, embora com a (pre) ocupação da busca de nova casa. Tempo sobeja para auscultar as oportunidades deste pedaço de mundo para posteriormente se inscreverem num “grupo de interesse” (modo aconselhado para qualquer tipo de integração social, por estas bandas). Igualmente, apetrecham-se de mantimentos electrónicos. O telemóvel é já um bem adquirido e a desejosa máquina fotográfica, chega na quinta-feira.
Vamos ter de arrumar a barraca para tirar fotos do sofá que viu nascer o blog, comer muito para as mães não se queixarem de que estamos magros (missão impossível) e disfarçar o nosso bronze com photoshop para que não fazer ciúmes.

EDITORIAL - Gentes gentis

É chegada a altura de dar lugar a umas palavras de apreço aos gentis leitores. Devem ter visto o contador no canto superior direito, que soma as visítas das gentes desde 18/1. Quando nós o vimos hoje, ficamos com aquele sorriso que é uma mistura de humildade,"30 é muito" e de orgulho, "Eu sabia!".
Embora possa haver opiniões discordantes, o cuidado com os conteúdos era já grande. Há dias menos interessantes ou inspirados (ou sem novidades, pois adormeci de novo no sofá), mas mesmo assim procuramos não vos aborrecer. Agora, recai uma maior responsabilidade, ao tornar-se corpórea a vossa afluência ao blog. Literalmente, o números também são nossos amigos.
Cada número é, realmente, uma representação simbólica de pessoas significativas na nossa vida. Para vocês, o contador também pode ser encarado como a vossa presença e companhia durante o nosso dia. Estas palavras são poucas, mas já caímos na lamechice exacerbada! As doses deverão antes ser repartidas por posteriores editoriais. Aprivisionem-se de lenços de papel!
Por fim, queremos informar que já aceitamos apostas do mês em que esta coisa dá a volta!!!

Informação, quanto é que é suficiente?

Sei que os nossos neuro-transmissores estão a comportar-se como meninos de 3 anos (olá André!) hiperactivos que arremessam tudo o que encontram, uns contra os outros. No entanto, com o bombardeamento de dados que esta sociedade, em permanente receio das acções judiciais, faz recair sobre os nossos receptores sensoriais, a questão impõe-se. A informação a mais desinforma?
Se se trata de comida, o cliente tem no rótulo frases inteligíveis como: culturas vivas e activas, sem MSG, sem trans-fat, 1/3 menos gordo que outra(s) marcas, kosher para a quaresma, e enhanced with minerals for a pure, fresh taste (água)! É possível encontrar múltiplos casos, por exemplo, na secção dos pequenos almoços congelados (estava a ver quando tinha a possibilidade de falar desta pérola). Nos pontos de venda, sabemos, antes do preço, que se tem S, é picante, V- vegetariano, D-contém leite, O-produtos orgânicos, F- sem gordura.
Se quisermos atravessar a rua, temos instruções em inglês e espanhol e cartazes junto a essa placa a reforçar que não devemos atravessar em cima das biclas, acrescentando a multa.
Junto a cada boeiro (escoa as águas das estradas), há uma placa com um peixinho que diz: tudo que vai por aqui, chega até eles. Na sequência, nos autocarros há um poster de um Sr. a lavar o carro na praia para dissuadir os condutores de os lavarem na via pública.
O Estado da Califórnia é considerado ser amigo do voto e, num único momento, convocou seus cidadãos para votar em 90 Propostas (tipo referendo).
Inesperado, dada esta torrente de informação letrada, foi saber que para passar o código, não é obrigatório: a) saber ler e b) saber ler inglês. A opção é fazer um teste oral e esperar que tirem pela pinta sinais de trânsito comuns como “Wrong Way”, “Right lane turns right only” e a nossa preferida, dada a sua eloquência, “not a through street”.

Nova direcção, agenda cheia!

Ao exemplo de uma Casa da Música.
A programação para esta semana incluiu diversas marcações para ver casas e um almoço que contou com a presença de um prémio Nobel da Física. Almoço de trabalho com o "chefe" deu oportunidade para jovem português fazer uns hieroglífos num quadro preto. Especula-se na comunidade científica quanto aos efeitos da String Theory nas digestões difíceis.
Produtividade é a nota dominante! O físico prepara-se para “dar um paper” ao Instituto. A publicação está prevista para hoje, mas está pendente dos remates finais. Segundo conseguimos apurar junto aos co-autores “Trabalhar assim, à volta do globo (Itália, Portugal e EUA) permite uma eficiência que só seria completa se arranjassem um colaborador no Japão”! Igualmente foi identificada como mais-valia o computador que, segundo o próprio, “é muito mais rápido!”. Fontes próximas (mas que, como sempre, são anónimas), lamentam a tardia introdução deste recurso, e relembram o longo período das obras da tese.
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Desligam-se os computadores, as luzes e as mentes.
Afigura-se uma bela imagem. O dia espreguiça-se na Europa.

Uma semana depois: crónicas do blogspot mais (que)lido pelos familiares e amigos

Pequeno almoço dominical inclui: Iogurte ou leite com café, Chá, Pão torrado ou simples, Fruta diversa, Cereias, Compota de Morango, Cream Cheese. Actividade matinal contempla: telefonema, via Internet, para a família. Emigrar já não é o que era!
Ideia peregrina de ir a Down Town Santa Barbara num Domingo. A definição mais óbvia de quem observa um mapa de Santa Barbara é que existe a State Street, e ruas ordenadas em grelha para Este e Oeste. Quem a percorre comprova que é verdade. State St. termina no pontão de madeira, provida de portagem que não afasta o amante do seu veículo que percorrer estes 500 mts, apenas para voltar para trás, frequentar um dos vários restaurantes (cada um com uma história de incêndio diferente que interditou a zona, anos a fio) ou para ver o atracado USS Reagan e seus soldados. Estes últimos, passeiam pela cidade e torna-se inevitável pensar que parecem uns garotos, que devem estar a caminho do Iraque, ou assobiar a música do Popeye!
Segunda-feira traz-nos o primeiro dissabor. A carta de condução internacional não é válida no estado do Governator! Deram-nos uns livrecos, indicaram-nos um site e agora toca a estudar o código, fazer a conversão de km/h para mph e arranjar um carro nos trinques para fazer o exame de condução. Pois é, não há escolas de condução, logo não há carros para os exames. Mais, no site indicam, para que o veículo seja aceite, condições como “que ambas as portas se consigam abrir” e “que o assento do condutor esteja fixo ao resto do carro”.
Mudança de prioridades. Casa e conta bancária. Dinheiro europeu continuará nas mãos de europeus, pois a escolha recaiu na rede Holandesa de sugestiva nomenclatura, Rabobank, por oferecer condições que em Portugal tomamos como garantidas como: não taxar $1.50 por cada compra feita com o cartão de débito ou uma taxa no ATM quando se retira dinheiro da conta.
Hoje, frequentei a primeira parte de uma formação para ser tutora num programa de Literacia para adultos, promovido pela rede de bibliotecas. Embora o meu pai ache que eu tenho alergia ao $ por encontrar sempre voluntariado antes de uma ocupação assalariada… achei interessante, didáctico, uma iniciativa de integração social e de construção de CV. Como eu já disse algumas vezes hoje, “sou voluntária mas não sou estúpida!” Amanhã, entrevista de emprego… Bah, atenção às figas, figos e figueiras ;)

Simpatias e Matt and Jenny

Hoje foi o dia de maior interacção com os locais. Da dita resultaram as maiores simpatias e atenções. De certo que nos poderíamos intitular de socialmente bem sucedidos… mas talvez seja melhor um pouco de humildade dado os condicionantes do contexto da experiência: 5 stands de automóveis.
Auxiliados pelo ordenamento do território (que separa zonas residenciais de comerciais, condensando a nossa procura a uma recta de estrada nacional), deparamos com muitos modelos nunca antes vistos. Para nós, as suas características principais definiam-se entre uma espécie de “carro a mais” e um je ne sais quoi de “efeito banheira”. O velhinho, o turco, o despachado, a gaja e o muído que os vendiam, descreviam-nos como "a very nice car". Entre conversões de Km’s para miles, de litros para gallons, deu o seu jeito ter por perto um Físico, e o físico dele para carregar as compras do supermercado. De mochila às costas, pedalando pela Storke Ave abaixo, trouxemos com grande emoção azeite para casa! Verdadeiro oiro, julgando pela rareza e relação preço/quantidade!
Dia festivo, Sr.ªs e Sr.s, também para Matt e Jenny que se casaram hoje na praia onde atracamos as bicis para um lanche improvisado à hora do pôr-do-sol. Com a desculpa de fugir ao intenso cheiro a fuel (ou de hidrocarboneto, como diz aqui o Doutor-Carregador), e à inveja dos noivos perante a nossa merendinha, vimos os últimos raios de sol numa mesa de pic-nic, metros acima do areal.
Por falta de meios de captação, resta-nos tentar inverter a máxima para “algumas palavras valem mais que mil imagens”. Para isso, citamos aleatoriamente frases proferidas nesse local: “Valia a pena uma fotozita!” “Diz-me outra cidade com esta qualidade de vida?” “Esta laranja é vermelha por dentro!” e, por fim, “Vamos embora que está frio!”
Poderíamos deixar-vos ver a única foto tirada, até agora, em solo Bárbaro...
http://www.kitp.ucsb.edu/directory/photos/?activity=pd&fullname&link
Ora isso seria simpático, não???

Aquisição de veículo de duas rodas garante mobilidade de cérebros portugueses.

Segundo dia. Somos apanhados pela evidência: estou aqui, deste lado do mundo. Somos apanhados pelas malhas do síndrome do emigrante e os principais sintomas consistem em estados temporários de pasmaceira, cálculo instantâneo dos km´s até Portugal e tendência para a criação de um blog "para as gentes da terra ver". Os anticorpos estão a reagir lentamente e prevêem-se melhorias para o fim-de-semana.
Olhamos para a nossa lista de tarefas. Esboçamos um saboroso risco: comprámos bicicletas! Naturalmente inflacionadas, as gingas foram compradas a um patriota que preferiu ser amiguinho: quando nos somava a conta, referiu que não nos taxou o imposto. Nem aqui escapamos ao Chico-espertismo.
Como o dia estava ainda mais quente que ontem, a pedalada confirmou a nossa desadequada escolha de indumentária. Havemos de despir o preconceito europeu de que “estamos em Janeiro, porra!”, embora duvide que entraremos no regente espírito californiano de que “estamos a trabalhar para o bronze, dude”.

Primeiro e-mail à família

Bons dias!
Apos o dia mais longo do ano, foi uma agradável surpresa foi acordar às 8:40, sem sono, para um luminoso dia do inverno californiano!!!De facto, roupas e casacos de inverno são perfeitamente dispensados pelos nativos que se passeiam de manga curta e de havaianas. Olham para nós de casacos compridos e o meu indispensável cachecol e garantem uma rapida leitura de que acabamos de chegar. A paisagem assemelha-se à de Chaves: na serra de Goleta falta avistar o castelo de Monforte e em vez da "serra" de Sanjurge, encontramos o Pacífico, que hoje se apresentou a nós. A casa dista a 15 min a pé do enorme campus, cheio de edifícios e de jardins aprumados, onde o Instituto de Fisica Teorica é o predio mais bonito, contendo tracos da arquitectura local, (fortemente influenciada pelo México). Estou agora, neste instituto, a ocupar o gabinete assinalado com " J.Penedones" na porta, a por os meus e-mails em dia, enquanto espero. O computador, com teclado americano, dificulta a escrita em português correcto, mas decerto que me perdoarão!O Sr. Pós-Doc, foi assistir a um seminário, de modo a arrancar com o pé direito na integração com o povo académico. Socialmente, estamos de encontro marcado com um físico português e sua família que residem no mesmo bairro que nos. Logisticamente, vamos andando e adaptando a esta nova realidade cheia de regras novas (a dos 10% de gorjeta é, para mim, a mais custosa de apreender!). Ao passado pertence a viagem em que deu para compensar estes últimos tempos em que não havia tempo para ir ao cinema: no vôo intercontinental foi possível visionar 4 filmes. Viajamos no boeing 747-400 que tinha 2 primeiras classes que nunca mais acabavam. Fomos tratados como se estivessemos de visíta "a casa": estavam sempre a dar-nos de comer e a perguntar de estava tudo bem. Não houve episódios de referência, as bagagens estavam em ordem, e não foram revistadas. Chegámos sempre adiantados face ao horario previsto e as 21:30 já ressonavamos! A casa encontrava-se preparada como um quarto de hotel e equipada como uma casa habitada. Enfim, quando a vir com algumas prateleiras preenchidas com frutinha, pao, sopa feita, já a verei como a nossa casa... Para ja resta o sossego de ter as malas desfeitas:)
Fiquem bem e contem as novidades dessa terra!